Com o aumento da popularidade das corridas por aplicativo, o uso de motocicletas nas plataformas se expandiu significativamente, com cerca de 800 mil motociclistas atuando em todo o Brasil. No entanto, um risco importante passa despercebido: a higiene dos capacetes utilizados por múltiplos passageiros ao longo do dia. A falta de limpeza adequada desses equipamentos de segurança pode expor os usuários a sérios problemas de saúde.
De acordo com a tricologista Vanessa Rodrigues, a falta de higienização dos capacetes pode resultar em diversos problemas dermatológicos. Entre as condições mais comuns estão as infecções provocadas por piolhos, foliculites, dermatites de contato, além de infecções fúngicas e bacterianas, como a tinea capitis, que afeta o folículo piloso e pode até levar à queda de cabelo.
Tricologista Vanessa Rodrigues (Foto/Gerlinton Eduardo)
Outras doenças incluem impetigo, pitiríase, sarna e dermatites irritativas, causadas pela proliferação de bactérias nos resíduos de suor acumulados no interior dos capacetes. Essas bactérias prosperam em ambientes quentes e úmidos, o que torna a região do capacete um local ideal para sua reprodução. Como resultado, os passageiros podem sofrer com irritações na pele, coceira, descamação e vermelhidão, afetando principalmente o couro cabeludo, a barba e a pele.
Tratamento para Infecções Relacionadas ao Uso de Capacete
Quando surgem infecções de pele, o ideal é procurar um dermatologista. Para casos que envolvem o couro cabeludo e a barba, a tricologista é a profissional indicada. A especialista explica que, independentemente da origem da infecção – seja por bactéria, fungo ou parasita – é importante que o tratamento seja adaptado às necessidades de cada indivíduo, após a devida avaliação.
Soluções para Evitar Contaminações
Para minimizar os riscos, a tricologista sugere alternativas de capacetes com tecnologias antimicrobianas. Há modelos que possuem espuma antimicrobiana, além de forros e tecidos que ajudam a prevenir a proliferação de microorganismos. Alguns capacetes já oferecem forros removíveis, o que facilita a limpeza e a manutenção da higiene.
Vanessa também recomenda o uso de sprays antimicrobianos para higienizar os capacetes regularmente, além de toucas descartáveis ou reutilizáveis, que oferecem proteção adicional contra a contaminação por contato direto. Essas medidas podem contribuir significativamente para reduzir o risco de infecções e garantir a saúde dos usuários durante as corridas.
A especialista reforça a importância de manter a higiene do capacete em dia, uma vez que a falta de cuidados pode resultar em sérios problemas dermatológicos para quem utiliza o equipamento com frequência.