A pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) revela que a cesta básica em Belém, em novembro, teve um aumento de 2,02%, passando de R$ 649,90 em outubro para R$ 663,02. Esse reajuste afeta diretamente o orçamento das famílias paraenses, principalmente com a alta significativa de produtos essenciais.
Os itens que mais contribuíram para o aumento foram:
- Óleo de soja: com alta de 14,40%, o preço médio da garrafa de 900 ml subiu para R$ 8,58.
- Carne bovina: com um aumento de 6,57%, o preço do quilo chegou a R$ 39,11.
- Café: o preço do quilo aumentou 5,15%, custando R$ 48,20.
Além desses, outros produtos essenciais como leite (R$ 8,34), arroz (R$ 7,28) e feijão (R$ 6,46) também apresentaram aumentos consideráveis, dificultando ainda mais a vida das famílias de baixa renda. No entanto, a banana foi o único item a registrar queda de preço, com uma redução de 3,64%, custando R$ 10,07 a dúzia.
O supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, aponta que as altas nos preços são resultado de uma combinação de fatores, como condições climáticas adversas que impactam a produção agrícola, além do câmbio desfavorável que eleva o custo de insumos e produtos importados, como carne e óleo de soja.
Com o aumento da cesta básica, o custo total para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) foi estimado em R$ 1.989,06, o que corresponde a cerca de 1,4 salário mínimo. No contexto atual, os trabalhadores paraenses comprometem mais da metade (50,76%) do seu salário com a compra dos 12 itens essenciais da cesta básica.
A expectativa é de que a situação continue pressionando o orçamento das famílias até pelo menos o primeiro trimestre de 2024, já que o custo de produção continua elevado e o dólar pode seguir influenciando o aumento dos preços.