O Rio Tocantins passará a ser totalmente navegável em 2028, com a conclusão do projeto de derrocamento do Pedral do Lourenço, localizado no leito do rio. O anúncio foi feito por Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, que confirmou que os estudos de viabilidade ambiental para as licenças necessárias devem ser concluídos ainda em 2024. O processo de retirada das pedras terá início no primeiro trimestre de 2025, com previsão de conclusão em 2028.
Quando a hidrovia estiver totalmente operacional, estima-se que ela movimentará 40 milhões de toneladas de carga por ano, representando cerca de 30% do volume atual das hidrovias brasileiras. Isso resultará em uma redução de um milhão de caminhões nas estradas, contribuindo para a diminuição da poluição do ar e a redução das emissões de dióxido de carbono.
O projeto traz grandes benefícios econômicos, especialmente para o Sul e Sudeste do Pará, com impacto direto na competitividade das exportações brasileiras, permitindo que a produção nacional chegue aos mercados internacionais a um custo mais baixo. Durante a execução da obra, cidades como Itupiranga e Marabá começarão a arrecadar diretamente o Imposto sobre Serviços (ISS) devido ao aumento na movimentação de carga.
O senador Jader Barbalho destacou que o derrocamento do Pedral do Lourenço é uma luta de décadas para o Pará, lembrando que a hidrovia não é apenas um interesse local, mas um fator crucial para o aumento das exportações brasileiras. O projeto integra um plano logístico maior, que inclui a operacionalização das eclusas de Tucuruí, a construção de um porto multimodal em Marabá e a ampliação do porto de Vila do Conde.
O senador ainda enfatizou que a conclusão dessa infraestrutura permitirá a diversificação da economia do Pará, diminuindo a dependência de exportação de matéria-prima e promovendo o crescimento econômico e social da região. A navegabilidade do Tocantins também facilitará o escoamento da produção mineral, agrícola e pecuária, gerando novas oportunidades para os setores produtivos.