Arsênio é detectado no sangue de sobreviventes e de uma das vítimas que consumiram o bolo.

Redação
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Os resultados das primeiras análises laboratoriais indicaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e dos dois sobreviventes que comeram o bolo em uma confraternização familiar em Torres, no Litoral Norte do RS. A substância é extremamente tóxica e pode levar à morte. Foram analisados o sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto dela – uma criança de 10 anos – e de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu. Tia e sobrinho permanecem hospitalizados e estão “clinicamente estáveis”.

O hospital levou o material para o Centro de Informação Toxicológico, onde foi constatado arsênio no sangue das duas vítimas sobreviventes e da mulher que morreu, dona Neuza. Além de Neuza, outras duas pessoas morreram com intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada “choque pós intoxicação alimentar”. Os dois sobreviventes permanecem hospitalizados e estão “clinicamente estáveis”.

A mulher que fez o bolo foi a única pessoa da casa a comer duas fatias e apresentou a maior concentração do veneno no sangue. A polícia está investigando as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.

O arsênio é um elemento químico extremamente tóxico. A partir de 100 mg é possível a morte de um indivíduo adulto. Geralmente, o arsênio está na forma de pó e não tem cheiro ou gosto. É proibido de ser comercializado no Brasil como raticida e seu uso como agente quimioterápico é restrito.

De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa quando começaram a passar mal após comer o bolo. A mulher que preparou o alimento também foi hospitalizada. Os corpos das três vítimas foram encaminhados para necropsia no Instituto-Geral de Perícias para determinar a causa da morte. O ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar, e a polícia pediu a exumação do corpo para investigação.

 

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