Nesta segunda-feira, 27, a Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Palmas), executou a operação “Siga-me” para cumprir um mandado de prisão contra M.G.M., de 40 anos, conhecido pelo apelido de “Zona Sul”. Durante a abordagem, os policiais encontraram diversas porções de cocaína e maconha com o acusado, o que resultou em sua autuação em flagrante por tráfico de drogas.
O delegado Eduardo Menezes, que está à frente do caso, explicou que o suspeito foi identificado após investigações que confirmaram sua ligação com o assassinato de Jucimar Ferreira da Silva, ocorrido em 16 de março de 2024. “As imagens das câmeras de segurança nas proximidades mostraram que ele foi a última pessoa vista com a vítima antes do crime”, destacou o delegado.
Investigações e prisão
O corpo de Jucimar foi descoberto em uma área de baixa densidade populacional na Arse 152, anteriormente conhecida como 1.506 Sul, com um disparo na cabeça. “As investigações revelaram que a vítima se encontrou com o suspeito em um comércio na noite em que ocorreu o crime. Os dois deixaram o local juntos, mas o suspeito retornou sozinho pouco tempo depois”, acrescentou. As apurações indicam que o assassinato pode ter sido motivado por uma dívida relacionada à compra de drogas. “Zona Sul é notoriamente associado a uma das principais facções criminosas que atuam em Palmas e possui um extenso histórico criminal. Ele é visto como uma peça fundamental no tráfico de drogas na região”, ressaltou o delegado.
O delegado também enfatizou que a captura de “Zona Sul” foi viabilizada graças a um trabalho investigativo detalhado realizado pela equipe da divisão. Os investigadores enfrentaram o desafio de reconstruir os últimos passos da vítima até o momento de seu falecimento, mesmo com informações iniciais limitadas. “A única certeza que tínhamos era o local de trabalho da vítima. Com base nisso, começamos uma busca rigorosa por imagens de câmeras de segurança que pudessem mostrar todo o percurso realizado por ele. Foram analisadas inúmeras gravações, e o maior desafio foi identificar locais monitorados e traçar possíveis rotas a partir de pistas escassas. Foi um processo trabalhoso, mas, ao final, conseguimos esclarecer a autoria do crime e trazer uma resposta à família da vítima e à sociedade”, concluiu.
O suspeito foi levado à 1ª DHPP, onde será interrogado e, após os trâmites legais, será encaminhado à Unidade Penal de Palmas, onde ficará à disposição da Justiça. Se condenado, ele pode enfrentar uma pena de até 30 anos de prisão.