Flávia Lenzi destacou: “Estamos aqui para compreender a situação desta unidade, que, apesar de décadas de descaso, continua a funcionar graças ao empenho dos profissionais de saúde. Em todas as fiscalizações que realizei como sindicalista, sempre encontrei os quatro médicos da escala presentes: dois clínicos e dois pediatras. O que frequentemente faltava eram materiais e medicamentos, algo que esperamos que se modifique sob a gestão do prefeito Léo Moraes e do secretário Jaime Gazola.”
Jaime Gazola reforçou o apoio da prefeitura aos profissionais de saúde e a colaboração com o Simero para aprimorar a saúde municipal. “A prefeitura é aliada do sindicato e reconhece o trabalho dos servidores da saúde, que estão na linha de frente. Estamos buscando institucionalizar as fiscalizações para que sejam feitas com respeito e adequação. Já convoquei a comissão de saúde da Câmara e, no dia 4 de fevereiro, estarei com os vereadores para dialogar e garantir uma maior harmonia entre todos os envolvidos”, afirmou.
A visita enfatizou a necessidade de um diálogo contínuo e respeitoso para enfrentar os desafios históricos do sistema de saúde e reafirmou o compromisso de criar melhores condições tanto para os servidores quanto para os usuários. O Simero já havia visitado a unidade anteriormente para dialogar com os profissionais de saúde locais e também emitiu uma nota de repúdio em resposta à ação violenta de um vereador dentro do Pronto-Socorro José Adelino.
Veja nota na íntegra:
Nota de Repúdio
O Sindicato Médico de Rondônia (Simero) vem a público manifestar seu repúdio à ação truculenta de um vereador dentro da unidade de Pronto-Socorro José Adelino. Somos totalmente favoráveis às fiscalizações, e nós mesmos realizamos diversas delas, mas sempre com respeito àqueles que estão trabalhando no local.
Se houver a necessidade de punir os faltosos, isso é discricionário do gestor e deve ser feito dentro da lei. No entanto, tumultuar o serviço, deixar os profissionais nervosos e incitar a ira da população contra eles é um enorme prejuízo à saúde pública. O parlamentar afirma que está buscando a excelência no atendimento, mas, ao agir dessa forma, contribui para sua paralisação e, consequentemente, para um atendimento de qualidade inferior. A violência não se manifesta apenas por atos, mas também por palavras e gestos. Toda forma de violência deve ser banida das unidades de saúde.
Por que não se voltar para aqueles responsáveis por permitir essa situação? Gestores e mais gestores anteriores, que sucatearam a rede municipal de saúde de Porto Velho? Por que deixar à mercê da violência aqueles que estão ali para trabalhar? Se a escala não estava exposta, a culpa é do gestor, e não do médico plantonista, que estava cumprindo sua função.
Dirija sua indignação para quem realmente deveria ter tomado as providências. Com atos de violência, mesmo que apenas verbais, não se conquistam aliados.
O Sindicato Médico de Rondônia sempre se dispôs a colaborar para o bom funcionamento da saúde pública em Porto Velho e em todo o estado de Rondônia. No entanto, jamais aceitaremos esse tipo de fiscalização demagógica. Quer ajudar? Vamos sentar e planejar, junto com o prefeito e o secretário de saúde. Mas, por favor, não atrapalhe. Vereador, sua função não é atrapalhar. Os prejudicados não foram os médicos, mas sim a população, que, infelizmente, sofre mais um atraso no atendimento.